Administração do Deflux
O tratamento endoscópico com Deflux leva cerca de 15 minutos em regime ambulatorial e geralmente permite que a criança volte às atividades normais no dia seguinte à conclusão do tratamento.1
Primeiramente, o paciente é sedado com anestesia geral. Com o paciente posicionado corretamente, um cistoscópio é inserido, e a agulha do Deflux é inserida no canal de trabalho do cistoscópio. O Deflux é injetado via submucosa na bexiga urinária, próximo ao orifício ureteral ou no ureter distal. A injeção de Deflux cria um maior volume de tecido, proporcionando, assim, a coaptação do ureter distal durante o enchimento e contração da bexiga. As microesferas de dextranômero são gradualmente cercadas pelo tecido conjuntivo hospedeiro no local do implante.2
O Deflux é injetado de acordo com a técnica recomendada e, em seguida, a agulha e o cistoscópio são retirados, e os cuidados pós-operatórios são prestados.
Técnica HIT dupla
As técnicas de administração do Deflux evoluíram com o passar do tempo, da injeção subureteral (STING) à HIT (Técnica de Implante em Hidrodistensão) intraluminal única, aos pontos proximal e distal de injeção intraluminal em conjunto (HIT dupla).3 Nos últimos anos, a técnica HIT dupla (Figura 1) foi se tornando cada vez mais a técnica mais comumente executada para correção de RVU por urologistas pediátricos nos Estados Unidos. Em 2014, um estudo mostrou que 92% dos procedimentos com Deflux usam a técnica HIT dupla, que demonstrou taxas de eficácia mais altas.4
Metodologia da HIT dupla3
Atualmente, o método HIT dupla está atingindo as taxas de sucesso mais altas. A bexiga é enchida com menos da metade da capacidade, para permitir a visualização do ureter e evitar a tensão dentro da camada submucosa do ureter secundária à sobredistensão. A agulha é passada para o orifício ureteral (OU) e inserida no túnel ureteral médio, na posição das 6 horas. Uma quantidade suficiente do agente de volume é injetada para produzir uma protuberância que, inicialmente, cobre o túnel detrusor, enquanto um segundo implante dentro do túnel intramural mais distal leva à coaptação do OU. A hidrodistensão (HD) é realizada após cada injeção, para monitorar o progresso do tratamento; quando a HD deixa de dilatar o OU, isso significa que a coaptação apropriada foi alcançada.
Figura 1. Técnica HIT dupla5